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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Fatores que influenciam no processo de aprendizagem



Entende - se por aprendizagem a mudança que se produz em um aluno do estado inicial para o estado final. A aprendizagem acontece na interação, captação e processamento dos estímulos que o aluno recebe do meio.
Tomamos como consequência da aprendizagem algo que um aluno era incapaz de realizar (ex. cálculo, leitura, distinção de cores) e após o processo de aprendizagem tornou-se apto a realizá-lo. É importante salientar que a aprendizagem tem de nascer de um interesse, de uma necessidade de aprender cada vez mais.
                              
Em qualquer aprendizagem podemos distinguir duas dimensões: o processo seguido em sua realização e o produto ou resultado. Quanto à dimensão podemos subdividir em três grupos segundo o processo que a provocou: aprendizagem por percepção, por descobrimento guiado e por descobrimento autônomo, sendo estes três processos marcas de determinados intervalos.

As aprendizagens por descobrimento autônomo são mais frequentes nos alunos de pouca idade. À medida que vão se desenvolvendo e cada vez são mais frequentes as aprendizagens por percepção. Independente da forma como tenha sido o acesso ao aprendizado, esta pode ser classificada em função de uma segunda variável: o produto.

Segundo Sara Pain, Os fatores fundamentais a serem levados em consideração no diagnóstico de um problema de aprendizagem são: 

1. Fatores orgânicos: integridade anatômica e de funcionamento dos órgãos, funcionamento glandular, alimentação e condições de abrigo e conforto entre outros fatores; 
2.
 Fatores específicos: refere-se a certos tipos de transtornos na área de adequação perceptivo-motora, em especial aqueles que aparecem no nível da aprendizagem da linguagem, sua articulação e sua lecto-escrita, e se manifestam numa série de perturbações (ex-alteração da seqüência percebida); 
3.
 Fatores psicógenos: problema da aprendizagem pode surgir como uma reação neurótica à interdição da satisfação, seja pelo afastamento da realidade e pela excessiva satisfação na fantasia, seja pela fixação com a parada de crescimento na criança; 
4.
 Fatores ambientais: refere-se ao meio ambiente material do indivíduo, às possibilidades reais que o meio lhe fornece, à quantidade, à qualidade, frequência e abundância dos estímulos que constituem seu campo de aprendizagem habitual.
 

Fases do desenvolvimento da leitura


De 2 a 6 anos – Pré-leitura
Nessa fase ocorre o desenvolvimento da linguagem oral. Desenvolve-se a percepção e o relacionamento entre imagens e palavras: som e ritmo.
Tipo de leitura recomendada: Livros de gravuras, rimas infantis, cenas individualizadas.
De 6 a 8 anos – Leitura compreensiva
A criança adquire a capacidade de ler textos curtos. Leitura silábica e de palavras. As ilutrações dos livros — que são extremamente necessárias — facilitam a associação entre o que é lido e o pensamento a que o texto remete.
Tipo de leitura recomendada: Aventuras no ambiente próximo, família, escola, comunidade, histórias de animais, fantasias, problemas.
De 8 a 11 anos – Leitura interpretativa
Aqui ocorre o desenvolvimento da leitura propriamente dita. A criança já tem capacidade de ler e compreender textos curtos e de leitura fácil com menor dependência da ilustração. Orientação para o mundo da fantasia.
Tipo de leitura recomendada: Contos fantasiosos, contos de fadas, folclore, histórias de humor, animismo.
De 11 a 13 anos – Leitura informativa ou factual
Se tudo estiver bem e as outras etapas tiverem sido trabalhadas corretamente, aqui já existe a capacidade de ler textos mais extensos e complexos quanto à ideia, estrutura e linguagem. Começa uma pequena introdução à leitura crítica.
Tipo de leitura recomendada: Aventuras sensacionalistas, detetives, fantasmas, ficção científica, temas da atualidade, histórias de amor.
De 13 a 15 anos – Leitura crítica
Aqui já vemos uma maior capacidade de assimilar idéias, confrontá-las com sua própria experiência e reelaborá-las, em confronto com o material de leitura.
Tipo de leitura recomendada: Aventuras intelectualizadas, narrativas de viagens, conflitos sociais, crônicas, contos.

domingo, 10 de junho de 2012

Língua: uma produção social


É sabido que a língua é uma produção social. Uma língua nasce da produção e reprodução cotidiana, localizada no tempo e no espaço da vida dos seres humanos. Numa sociedade como a brasileira, por exemplo, que por uma grande diferença econômica e política, divide e individualiza pessoas, isola-as em grupos, distribui-se a miséria entre muitos e concentra-se privilégios e riquezas entre poucos. E a língua não poderia deixar de ser uma expressão dessa exclusão social. Miséria e língua se misturam e se confundem.
            Nesse contexto, a escola acaba esquecendo que a educação também é um problema social, e encara-o como mero problema pedagógico. Não há respeito pelas condições de vida de seus frequentadores, impõe-lhes modelos de ensino que são produzidos para a conservação da injusta situação esboçada anteriormente. Sem fazer a verdadeira crítica do saber, a escola muitas vezes, na maioria das vezes, considera todo e qualquer conteúdo válido, baseando-se em preconceitos e “verdades incontestáveis”, dogmáticas.
Assim, professores tragicamente ensinam análise sintática para sujeitos que não se reconhecem como sujeito. E nessa escola, crianças passarão alguns anos tentando acertar o tipo de sujeito da oração, mas nunca serão os sujeitos de suas próprias histórias. 

sábado, 15 de outubro de 2011

Quincas Borba - Machado de Assis

Quincas Borba era um velho filósofo rico e sozinho. Possuía também um cachorro a quem estimava tanto, que de deu-lhe o seu próprio nome, Quincas Borba. Quincas Borba, o velho, iria casar-se com a irmã de um grande amigo, o professor Rubião, mas a senhora veio a óbito. Com a morte da senhora, Rubião torna-se ainda mais amigo do filósofo, porém, este adoece e é levado à capital para tentar curar-se.
Ele deixa seu amigo Rubião como responsável por cuidar de sua casa e de Quincas Borba, o cachorro. Passado alguns meses o velho vem a morrer, e sua fortuna é deixada para Rubião, contanto que, cuidasse do cachorro como se cuidasse do próprio Quincas, o filósofo.
Rubião viaja para a capital do império, onde conhece um casal, Sofia e Cristiano Palha. Apaixona-se por Sofia, amor proibido, torna-se sócio do Palha. Perde toda a sua fortuna, enlouquece, volta para Barbacena, cidade natal e morre ao lado do seu velho amigo Quincas Borba, o cachorro. 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Vídeo e Aprendizagem

O vídeo num contexto de amplo entendimento é a aproximação do ensino-aprendizagem com o cotidiano discente e também docente. A TV, por exemplo, é a maior fonte de informação e diversão de grande parte da população brasileira.
            O vídeo mexe com vários sentido humanos, por isso, acaba atraindo o aluno para o pedagógico. O falar e o ouvir têm apoio no ver. O conhecimento acaba se tornando mais perceptível para o aluno.
            O possui uma linguagem que atende à sensibilidade, pois é dinâmico e atende antes a afetividade para depois a razão. Ele ilustra o conhecimento, situa o aluno no contexto, pode mostrar um assunto de forma direta ou indireta, ele pode documentar ou simplesmente registrar o conhecimento.
            Contudo, é preciso salientar que o vídeo por si só não educa, ele apenas é mais uma ferramenta interativa na busca do conhecimento. E o professor sempre deve estar atento antes, durante e depois da exibição do vídeo, pois é ele quem vai mediar a ponte entre o conhecimento, o aluno e o vídeo. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Informática e Projeto Político Pedagógico: Um caminho possível.

A Informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia. 
Segundo FRÓES : “A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia.... Facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam...”
De acordo com (FRÓES) “Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet traz novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente.”
O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao currículo escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada.
Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é ignorar sua atuação em nossas vidas. E o que se percebe? Percebe-se que a maioria das escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte; e em vez de levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscrita em uma sala, presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor. Limitando assim, todo o processo de desenvolvimento da escola como um todo e perdem a oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.
A globalização impõe exigência de um conhecimento holístico da realidade. E quando colocamos a Informática como disciplina, fragmentamos o conhecimento e delimitamos fronteiras, tanto de conteúdo como de prática. Dentro do contexto, a função da Informática é promover a interdisciplinaridade ou, até mesmo, a transdisciplinaridade na escola.
A Informática educacional deve fazer parte do projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define todas as pretensões da escola em sua proposta educacional. Assim, podemos tirar algumas conclusões importantes sobre a introdução da Informática na escola. Ela ocorre:
Ø  Dentro de um processo, com alguns momentos definidos;
Ø  Deve existir a figura do coordenador de informática que articula e gerencia o processo, de modo a buscar os recursos necessários e mobilizar os professores;
Ø  Quando essa introdução está engajada num projeto político pedagógico com apoio da direção e dos professores.


domingo, 31 de outubro de 2010

O que é Interdisciplinaridade?


Atualmente muitas escolas se esforçam em criar projetos interdisciplinares, universidades se alvoroçam para criar grupos de estudo com especialistas nas diversas áreas do conhecimento e o mercado exige um profissional multidisciplinar, multitarefa. Porém, segundo Ivani Fazenda, umas das expoentes na pesquisa da interdisciplinaridade, afirma que: “Muitos dizem que fazem projetos interdisciplinares, mas poucos fazem de forma consciente.”
A interdisciplinaridade está diretamente ligada à interação entre as disciplinas e não no contexto em que uma invade o espaço da outra. Na interação a preocupação está voltada em conhecer e relacionar os conteúdos. Não há quebra de barreiras entre as disciplinas. Na interdisciplinaridade há o fator de transformação e não de construção. No interdisciplinar as disciplinas estão em contato, mas dependem umas das outras, e por isso, não invadem o espaço alheio.
Quando os limites entre as disciplinas são quebrados, rompidos, o que temos é a transdisciplinalidade, pois se constitui nesse momento um sistema que ultrapassa as relações e interações.
Resumindo, no interdisciplinar, as disciplinas apenas se relacionam. No transdisciplinar não existem disciplinas, pois não existe separação ou quebra do conhecimento. O conhecimento aqui é totalidade e não junção de partes.